O cantor sertanejo Murilo Huff entrou com um pedido oficial na Justiça para obter a guarda total de seu filho, Léo, fruto de seu relacionamento com a cantora Marília Mendonça. A decisão marca uma mudança significativa na dinâmica familiar que se estabeleceu após a morte trágica da artista. Até o momento, a guarda da criança era compartilhada entre Murilo e Dona Ruth, mãe de Marília, que assumiu um papel central na criação do neto desde o acidente aéreo que tirou a vida da filha.
O processo, que corre sob segredo de justiça, foi protocolado na Vara da Família de Goiânia e inclui um pedido de tutela provisória, sinalizando a urgência da demanda. Murilo Huff argumenta que a configuração atual da guarda precisa ser revista, buscando centralizar os cuidados e decisões relacionadas ao filho.
Desde a perda de Marília, Léo tem vivido com a avó materna, com visitas regulares ao pai, de acordo com a disponibilidade de Murilo em meio à sua intensa agenda de shows e compromissos profissionais. A convivência com o pai sempre foi mantida, mas agora, Murilo entende que é hora de assumir integralmente a responsabilidade.
Fontes próximas relatam que antes de recorrer à Justiça, Murilo teria tentado uma solução amigável com Dona Ruth, propondo a transferência da guarda sem necessidade de ação judicial. A recusa da avó, no entanto, teria sido o ponto de partida para o atual processo.
Um fator que pesa na decisão de Murilo envolve a saúde de Léo. O menino foi diagnosticado com diabetes tipo 1 e depende de cuidados específicos, incluindo o uso de aparelhos importados para monitoramento constante da glicose. Murilo, que acompanha de perto o tratamento do filho, acredita que a guarda unilateral poderá garantir uma maior estabilidade na rotina da criança.
O histórico de bom relacionamento entre Murilo e Dona Ruth sempre foi motivo de elogios entre os fãs de Marília Mendonça. Ambos demonstraram união e respeito mútuo desde a tragédia que abalou o país. No entanto, com o passar do tempo, diferenças sobre a melhor forma de criar Léo começaram a surgir, resultando na atual disputa.
O processo judicial ainda está nas fases iniciais. Conforme previsto pela legislação, o caso deve contar com pareceres técnicos de psicólogos, assistentes sociais e, se necessário, oitiva da própria criança, sempre levando em consideração o que for melhor para o desenvolvimento emocional e físico de Léo.
Até o momento, nenhuma das partes envolvidas se manifestou publicamente sobre o assunto. Murilo Huff segue mantendo sua agenda profissional enquanto aguarda o desdobramento do processo. Já Dona Ruth permanece discreta, evitando qualquer exposição em torno do tema.
O caso traz à tona um debate delicado sobre guarda de menores em situações familiares atípicas, especialmente quando envolve figuras públicas e uma história que, para muitos, ainda traz lembranças emocionais de perda e reconstrução.